Lewandowski Desafia EUA Sobre Deportações Algemadas: Impacto nas Relações Brasil-EUA?

Lewandowski Desafia EUA Sobre Deportações Algemadas: Impacto nas Relações Brasil-EUA?

Recentemente, o ministro da Justiça, Lewandowski, gerou alvoroço ao manifestar descontentamento com a forma como os Estados Unidos tratam os brasileiros deportados, sugerindo que havia um desrespeito tanto à Constituição Brasileira quanto às diretrizes do STF. O que começou como uma preocupação legítima com os direitos humanos logo se transformou em uma tentativa, digamos, um tanto quanto cômica de confrontar uma das maiores potências do mundo.

A questão em si não é nova. Brasileiros que entram nos EUA de forma ilegal sempre enfrentaram deportações, muitas vezes algemados, uma prática que, segundo a narrativa do Lewandowski, constitui uma violação dos direitos. Ele pediu que os Estados Unidos retirassem as algemas dos deportados, como se isso fosse, de fato, uma exigência viável para um país que segue sua própria legislação. O que nos leva a levantar dúvidas: será que Lewandowski realmente acredita que a ordem das autoridades brasileiras vai fazer com que os EUA mudem suas práticas de deportação?

A frustração de Lewandowski parece ter um duplo jogo. De certa forma, é uma manobra para angariar simpatia e apoio popular contra o que ele vê como abusos da administração Trump diante de brasileiros indistintamente chamados de "vítimas da sociedade." Essa retórica sobre nacionalismo, que deveria tocar a fibra do povo brasileiro, acaba parecendo mais um estardalhaço do que uma verdadeira preocupação com a dignidade humana. Não é exatamente fascinante como ele escolhe este momento para lançar uma crítica pública, sendo que esses procedimentos estão em curso há anos?

"Segurança e Direitos na Deportação: A Realidade das Algemas em Voo"

Considerando a realidade, quando os deportados são algemados, eles já estão cientes dos riscos que enfrentam ao tentarem cruzar a fronteira de maneira ilegal. É claro que todos que estão naquela posição vão se sentir maltratados, afinal, passar por essa situação não é o “melhor dia da sua vida”. Mas não podemos ignorar que essas algemas são mais do que uma mera questão de direitos; elas são uma questão de segurança – tanto dos deportados quanto de todos os outros passageiros a bordo. O que Lewandowski parece esquecer é que, em um avião, a segurança é primordial. O fato de que sempre houve deportação desse jeito torna essa reclamação dele um tanto sem sentido. Por que agora, nesse momento, ele decide levantar essa bandeira?


Outra questão é que a tentar moldar a opiniao pública a partir de uma única causa, eles perdem a noção do real impacto que isso pode ter em uma sociedade que, até então, não parecia muito preocupada com o tratamento de imigrantes. É curioso notar que há um histórico de voos de deportação semelhante nos últimos anos, inclusive durante a administração Biden, e agora, por que isso se torna um “flagrante desrespeito”? Não havia indignação quando praticavam essas deportações do mesmo jeito, mas, com Trump no comando, a narrativa muda.

Lewandowski e sua “ordem” para os americanos pode soar para muitos como uma piada. Afinal, é fácil falar de direitos e tratar um tema tão complexo como imigração sem considerar contextos mais amplos e os múltiplos fatores envolvidos. E, convenhamos, o que se espera que os Estados Unidos façam diante disso? Eles estão mais preocupados em manter a ordem interna do que em seguir uma súmula do Supremo que a essa altura pouco diz sobre o que ocorre no solo americano.

"Comédia Política: A Batalha do Ministro da Justiça e a Indiferença do Governo Estrangeiro"

Ao fim, fica a sensação de que tudo isso foi uma tentativa de se colocar em uma posição de autoridade, uma forma de dizer: "olhem para mim, estou tentando proteger nossos cidadãos". Porém, seja qual for a intenção, a impressão que se tem é que a situação escapa da mão dele, se transformando em uma espécie de comédia política. Um ministro da Justiça que perde a batalha contra a indiferença de um governo estrangeiro é, sem dúvida, um espetáculo de se observar. E em um país onde a política e a judicialização andam de mãos dadas, será que essa estratégia vai trazer os frutos esperados? Ou será apenas mais um capítulo falho na já polêmica história da nossa política? Boa pergunta, não é mesmo?


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